Dois coelhos com uma cajadada só. Os
médicos especialistas da empresa britânica de biotecnologia Futura Medical
conseguiram desenvolver um produto que auxilia no tratamento da disfunção
erétil e ainda incentiva o sexo seguro: trata-se da “camisinha-viagra”.
O preservativo está prestes a receber
a aprovação regulatória na Europa Continental e no Reino Unido. A companhia
farmacêutica Reckitt Benckiser Group tem esperanças de colocá-lo à venda dentro
de um ano. Até lá, a empresa espera que, depois de mais estudos clínicos, o
produto também obtenha aprovação para os consumidores dos EUA.
Os médicos relatam que a teoria por
trás da nova camisinha não apresenta nada de especial. Encontrar o ingrediente
ativo foi fácil: os investigadores usaram um produto químico vasodilatador
comumente utilizado para combater a angina – dor intensa e latejante no peito
que ocorre quando o coração não recebe sangue o suficiente.
A parte mais dura foi descobrir como
manter o gel com o ingrediente ativo dentro do preservativo de modo que o
vasodilatador tocasse somente o pênis do usuário durante a relação sexual. No
entanto, os pesquisadores conseguiram superar esse obstáculo e chegar a um
produto viável.
O empresário James Barder,
representante da Futura nos Estados Unidos, explica a dificuldade encontrada.
“O desafio é manter o líquido vasodilatador estável dentro do preservativo, ou
seja, condicionar um gel que não cause prejuízo à estrutura do produto. Algumas
substâncias podem degradar o látex muito rapidamente”.
Dada a popularidade da pílula do
Viagra, encontrado hoje em vida nos mais diversificados estabelecimentos, a
camisinha-viagra tem como objetivo conseguir igual penetração no mercado,
valendo-se principalmente de sua função dupla.
O novo preservativo ainda possui um atrativo
a mais para incentivar relações sexuais sem o perigo da transmissão de doenças
sexualmente transmissíveis (DST): os fabricantes afirmam que o produto não
escorregar do pênis durante o sexo, um problema surpreendentemente comum
relatado pelos homens.