terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A importância do uso do preservativo



A Vigilância Epidemiológica e Sanitária de ÁguasLindóia vem alertando a população sobre a importância do uso de preservativos (camisinha) e a prática de um sexo seguro. 
A coordenadora da Coordenadoria Técnica de Vigilância Sanitária (CTVS), enfermeira Helga Emanuele Resquioto, ressalta que o trabalho de conscientização é realizado ao longo do ano, mas se intensifica próximo ao carnaval. 
Segundo Helga, os preservativos podem ser retirados gratuitamente em todas as Unidades de Saúde do município, em qualquer dia do ano.
“Sexo seguro é o sexo sem o risco de ser contaminado ou contaminar o(a) seu(sua) parceiro(a) com doenças sexualmente transmissíveis. Para isso é fundamental o uso do preservativo. Além da proteção contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) a camisinha constitui um método anticoncepcional seguro, quando usados adequadamente”, finalizou Helga.


Informe-se na Unidade de Saúde de seu bairro.

Antirretrovirais viram desculpa contra camisinha


Brasileiros exigem coquetel em hospitais depois de esquecer de usar o preservativo; efeito preventivo não foi comprovado



Camisinha ainda é o método mais eficiente para prevenir a AIDS 
Camisinha ainda é o método mais eficiente para prevenir a AIDS

Médicos brasileiros têm testemunhado uma procura indiscriminada por medicamento antirretrovirais após a relação sexual sem preservativo. A onda do chamado "coquetel do dia seguinte" começou porque chegaram ao público informações erradas sobre as condutas do meio médico. 

São dois os casos em que não portadores do vírus HIV são orientados a tomar a medicação. Primeiro, quando a pessoa é vítima de violência sexual, para evitar um possível contágio. Segundo, quando um profissional de saúde (médico, dentista, enfermeiro) sofre um acidente de trabalho e tem contato com o sangue do paciente infectado.

Nova combinação de drogas ganha as baladas brasileiras
Especial Sexo

"A indicação é restrita e não há nenhuma comprovação de que funciona como estratégia de prevenção", afirmou Maria Filomena Cernicchiaro, do Centro Estadual de Treinamento em DST/Aids de São Paulo. "Mas temos recebido pessoas que querem o medicamento porque esqueceram do preservativo depois da noitada. Alguns já chegaram até a ameaçar com violência diante da recusa, sem nem cogitar os efeitos colaterais que essas medicações podem acarretar." 

Outra prática, a ingestão dos medicamentos antirretrovirais antes da relação sexual, é, segundo os especialistas, sequela de uma deturpação de novas pesquisas da medicina. "Há testes iniciais em camundongos sem ainda nenhuma evidência de que funcionam", afirma Éper Kállas, pesquisador da Faculdade de Medicina da USP.

Preservativo masculino e feminino !

Preservativo masculino e feminino !
Como devem ser usados?
Os preservativos protegem-no durante o contacto entre o pénis, a boca, a vagina ou o recto. Os preservativos protegem-no do VIH e de outras infecções desde que os use correctamente.

Guarde os preservativos fora do calor, frio ou pressões excessivas. Não os guarde numa carteira ou no porta-luvas do carro. 
Verifique o prazo de validade. Não use preservativos fora de prazo. 
Não abra o invólucro com os seus dentes. Tenha cuidado para que os seus anéis ou jóias não danifiquem o preservativo. 
Use um novo preservativo de cada vez que pratique sexo, ou quando o pénis passe do recto para a vagina. 
Verifique o preservativo durante o acto sexual, em especial se notar algo de anormal, se está bem colocado e se não está danificado. 
Não use um preservativo masculino e feminino ao mesmo tempo. 
Use Lubrificantes aquosos preservativos de látex, não use lubrificantes oleosos. Os óleos, manteigas, óleos para bebé, vaselinas e outros cremes destroem o látex. 
Use preservativos não lubrificados para o sexo oral (a maior parte dos lubrificantes têm um sabor desagradável). 
Não deite os preservativos na sanita. Eles podem entupir os canos. 

Usando um preservativo masculino:

Coloque o preservativo quando o seu pénis estiver erecto - antes que o seu pénis entre em contacto com a boca, a vagina ou o recto do seu parceiro. Muitos parceiros usam o preservativo demasiado tarde, após alguma penetração inicial. O contacto genital directo pode transmitir algumas doenças. O líquido que sai do pénis antes do orgasmo pode conter o VIH. 
Se quiser, coloque um lubrificante aquoso na ponta do preservativo. 
Se não for circuncidado puxe o seu prepúcio para baixo antes de colocar o preservativo. Isto permite que o seu prepúcio se movimente sem danificar o preservativo. 
Retire o ar da extremidade do preservativo deixando a câmara para o sémen e desenrole o restante do preservativo para baixo do pénis. 
Não use dois preservativos. A fricção entre os preservativos aumenta as hipóteses de serem danificados. 
Após o orgasmo, pegue na base do preservativo e retire-o antes que o seu pénis fique mole. 
Tenha cuidado para não derramar sémen no seu parceiro quando retirar o preservativo.

Usando o preservativo feminino:

O preservativo feminino é uma manga ou bolsa com uma extremidade estreita fechada e uma outra mas larga, aberta. Pode ter anéis flexíveis nas extremidades, de acordo com os modelos.

Coloque o preservativo no local, antes que o seu parceiro toque na sua vagina ou recto. 
Para o uso vaginal insira a parte mais estreita tal como inserisse um diafragma. A parte mais larga deverá ficar aberta para proteger os seus órgãos sexuais da infecção.
Guie o pénis no sentido da entrada do preservativo para evitar o contacto não protegido entre o pénis e a vagina ou o recto. 
Algumas pessoas usam o preservativo feminino no recto após remover o anel mais pequeno. Coloque o preservativo no pénis erecto do seu parceiro. O preservativo pode ser inserido no recto ao mesmo tempo que o pénis. 
Após o sexo remova o preservativo antes de se levantar. Dobre a abertura larga para manter o esperma dentro. Devagar retire o preservativo e deite-o fora.

Breve história do preservativo: Antiguidade

 
O aparecimento da SIDA influenciou de forma decisiva o modo como a sexualidade humana começou a ser discutida publicamente no final do século XX. Até então, essa era uma questão tratada com muitas reservas e pudor pela saúde pública. O HIV forçou uma mudança sem precedentes na forma como o sexo é tratado nares publica (coisa pública).

Assim, falar sobre sexo (independentemente da escolha de cada um) e sobre os preservativos tornou-se uma obrigação dos profissionais da saúde, dos educadores e dos pais, embora os sectores mais conservadores da sociedade se oponham tenazmente a todos os programas de informação e educação, contrapondo como alternativa a ignorância, a abstinência e a virgindade.

O preservativo está presente na vida do homem há milénios, datando de há cerca de 5000 anos os primeiros registos de artefactos muito semelhantes aos preservativos actuais, cuja representação pode ser encontrada em alguns túmulos de Karnak.

Embora se pense que estes preservativos milenares se destinassem a proteger a genitália masculina de acidentes, maus olhados e superstições afins, os antigos egípcios estavam muito interessados na contracepção. O papiro ginecológico de Kahun, escrito há quase 4 000 anos, descreve a primeira poção contraceptiva de que há registo histórico. A receita deste espermicida - cujo efeito, tal como os actuais, assentava no elevado pH da mistura - recomendava: «A mulher misturará mel com cinza da barrilheira e excremento de crocodilo, a que juntará substâncias resinosas, aplicando um dose do produto na entrada da vagina, penetrando um pouco nela».

Foram os chineses os primeiros a usar o preservativo como forma de contracepção, quer destinado a utilização masculina na forma de envoltórios de papel de seda untados com óleo, quer feminina, um diafragma primitivo feito de cascas de citrinos.

De igual forma, tudo indica que os gregos não eram ignorantes em matéria de contraceptivos, existindo indicações de que por volta de 1 600 a.C., durante o reinado de Minos de Knossos, em Creta, se utilizavam para esse fim bexigas natatórias de peixes. Foi aliás a mitologia grega que apresentou o preservativo ao Ocidente. O rei Minos, supostamente filho de Zeus e Europa, era casado com Pasiphë. O monarca não era exactamente conhecido por ser um adepto da fidelidade conjugal, e Pasiphë amaldiçoou a «semente» de Minos, que passou a ejacular serpentes, escorpiões e lacraus. Todas as mulheres com que o monarca se relacionasse mais intimimamente morriam - com excepção de Pasiphë, imune ao seu próprio feitiço. Minos entretanto apaixonou-se por Procris e esta, para evitar que a consumação da paixão fosse fatal, inventou o primeiro preservativo feminino: uma bexiga de cabra.

Há cerca de 2100 anos, quando os gregos colonizaram Celene no que hoje é a Líbia, descobriram uma planta selvagem a que chamaram silphion, que forneceu o primeiro contraceptivo oral de que há registo. Apesar de todas as tentativas envidadas pela civilização helénica em cultivar a planta, os seus esforços foram infrutíferos e a valiosa e mui procurada planta extinguiu-se após 700 anos de colheitas intensivas.

A identidade desta planta preciosa foi alvo de especulações de muitos naturalistas do passado, como podemos apreciar no sétimo colóquio de Garcia d'Orta, que trata da assa fétida, o Esterco-do-Diabo, e nasanotações do conde de Ficalho ao «Tratado dos Simples»:
Passaremos tambem de leve sobre a interminavel questão da identidade ou não identidade da asa-fætida com o laserpitium, recordando apenas o sufficiente para elucidar o que diz o nosso escriptor. O celebre silphion dos gregos, o laserpitium dos latinos, era uma planta africana, que habitava particularmente na peninsula Cyrenaica.

Julgaram alguns tel-a encontrado ali modernamente; mas pesquizas cuidadosamente feitas, sobretudo pelo sr. Julio Daveau, demonstraram, que o supposto silphion era simplesmente a vulgar Thapsia garganica, Linn., uma planta medicinal, mas de qualidades diversas da antiga, a qual se deve julgar extincta.

Como este silphion ou laserpitium africano fosse raro ja nos tempos de Plinio e de Dioscorides, empregava-se em seu logar uma droga de inferior qualidade, a qual se dava o mesmo nome, e que vinha do Oriente, da Syria, da Persia e da Média. Sera difficil decidir com segurança se aquelle laserpitium asiatico era a asa-fætida; mas esta opinião não parece inacceitavel, antes muito plausivel.

Uso de preservativo pode ser justificado, diz Papa

Líder cita uso na prostituição como possível 'passo para moralização'.

Declaração está em livro a ser lançado na próxima semana.

Bento XVI


Em um livro de entrevistas a ser lançado na terça-feir(23), o Papa Bento XVI afirma que o uso de preservativos é justificado "em certos casos", especialmente para reduzir o risco de contaminação pelo vírus da Aids. O Papa cita como exemplo uma prostituta que, ao usar o preservativo para se proteger, estaria dando "o primeiro passo para uma moralização".
O livro, que será publicado na Alemanha e tem como título "Luz do mundo: o Papa, a Igreja e os sinais do tempo", é baseado em 20 horas de entrevistas conduzidas pelo jornalista Peter Seewald.
Até o momento, o Vaticano proíbe o uso de qualquer forma de contracepção - aceita apenas a abstenção -, mesmo como forma de evitar doenças sexualmente transmissíveis.
Bento XVI provocou reações internacionais em março de 2009 durante uma visita à África, continente devastado pela Aids, ao afirmar à imprensa que a doença era uma tragédia que não podia ser combatida com a distribuição de preservativos, o que na opinião dele até agravava o problema.